SERRA DA ESTRELA DOP
Queijo Serra da Estrela DOP
“… é o mais antigo de todos os queijos portugueses, …”
QUEIJO SERRA DA ESTRELA um queijo curado, de pasta semi-mole. É obtido por esgotamento lento da coalhada após coagulação pela flor de cardo (Cynara Cardunculus, L.) do leite cru estreme proveniente de ovelhas de raças autóctones, a raça Serra da Estrela e/ou Churra Mondegueira, produzido na área geográfica delimitada de produção (Serra da Estrela). Possui um sabor e aroma suave, limpo e ligeiramente acidulado.
Tem um tempo mínimo de maturação de 30 dias, quando a maturação decorre durante um período mínimo de 120 dias, designa-se por Queijo Serra da Estrela Velho, este tem aroma e sabor agradável, persistente, limpo, de forte a ligeiramente forte e levemente picante e salgado.
Características particulares: O leite utilizado para a obtenção do Queijo Serra da Estrela DOP é proveniente de ovelhas criadas na serra que lhe deu o nome, com acesso a pastagens espontâneas.
História: O Queijo Serra da Estrela DOP é o mais antigo de todos os queijos portugueses, sendo reconhecido internacionalmente pelas suas características organolépticas.
Foi introduzido em Portugal pelo povo Romano. Já durante a Idade Média era mencionado nas letras do poeta Gil Vicente.
Em 1287, o Rei Dom Diniz criou a primeira queijaria no concelho de Celorico da Beira, na região da Serra da Estrela.
Este queijo representava uma nutritiva e duradoura fonte alimentar, sendo por isso utilizado pelos grandes exploradores durante as suas viagens.
Em 1885 chega às cidades de Lisboa e Porto, aumentando a sua fama.
QUEIJO SERRA DA ESTRELA
Maturação de 30 dias
QUEIJO SERRA DA ESTRELA VELHO
Maturação de 120 dias
SUGESTÕES
como servir
como conservar
O Queijo Serra da Estrela DOP deve ser servido à fatia como uma degustação secular e tradicional. Tem vindo a ser conjugado de outras formas, como entradas e sobremesas, usado por chefes de cozinha como o Chef Diogo Rocha.
Requeijão Serra da Estrela DOP
“… uma textura bem ligada, uniformemente cremosa, lisa ao corte e de cor branca …”
O REQUEIJÃO SERRA DA ESTRELA é o produto obtido por precipitação ou coagulação, pelo calor, das proteínas contidas no soro resultante da laboração do Queijo Serra da Estrela DOP. Ao soro pode ser adicionado leite de ovelha cru, obtido a partir da ordenha de ovelhas das raças Serra da Estrela e Churra Mondegueira, , por vezes, em condições muito particulares e devidamente autorizadas, leite de cabra.
Apresenta, uma textura bem ligada, uniformemente cremosa, lisa ao corte e de cor branca. O sabor e o aroma são agradáveis, fundindo-se na boca.
Características particulares: A arte da produção do requeijão Serra da Estrela DOP é considerada como património cultural da área geográfica de produção, sendo as características do produto facilmente perceptíveis e reconhecidos pelos habitantes da respectiva área geográfica e pelos consumidores habituais. O Requeijão Serra da Estrela DOP é muito apreciado por ser um produto com elevada percentagem de proteínas e baixo teor de gordura. Pode ser consumido simples, desfeito em leite ou café, misturado com mel, doce de abóbora com ou sem pedaços de noz, avelã ou amêndoa.
Área de Produção:A área geográfica de produção do Requeijão Serra da Estrela DOP coincide com a área geográfica de produção do queijo serra da estrela DOP.
História:Está abundantemente descrita a história do requeijão Serra da Estrela, sendo bem conhecida a sua forma de apresentação tradicional, em pequenos cestos de palha, embrulhado em folhas de couve ou de amoreira. Se, em tempos idos, o soro decorrente da laboração do «Queijo Serra da Estrela», simples ou com sopas de pão de milho, de centeio ou de mistura serviu, na maior parte dos casos, para enganar a fome de um rancho de filhos das famílias menos abastadas da região, actualmente salienta-se pelo reconhecimento do seu importante valor alimentar.
SUGESTÕES
como servir
como conservar
Pode ser consumido simples, desfeito em leite ou café, misturado com mel, doce de abóbora com ou sem pedações de noz, avelã ou amêndoa.
Borrego Serra da Estrela DOP
“… a carne … é particularmente tenra e suculenta …”
A carne de BORREGO SERRA DA ESTRELA DOP, obtida a partir de borregos da raça Serra da Estrela, é particularmente macia e saborosa, apresentando uma gordura intersticial e subcutânea bem distribuída.
Os borregos são alimentados apenas com leite materno. As carcaças têm um peso até 7 kg e possuem a gordura subcutânea bem distribuída.
Características particulares: A ovelha Serra da Estrela é uma raça mediolínea e de cor branca ou preta, distinguindo-se pelos seus cornos enrolados para a frente e pelo úbere bem desenvolvido nas fêmeas. Tratando-se de uma raça leiteira, tem vindo a ser selecionada, ao longo dos séculos, para a obtenção do leite usado na produção do Queijo da Serra DOP.
Área de Produção: A área de produção do Borrego Serra da Estrela DOP coincide com a área geográfica do Queijo Serra da Estrela DOP, abarcando uma superfície total de 3.143,16 km2 e englobando os concelhos de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo e Seia, bem como algumas freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu.
História: Há inúmeros estudos e registos históricos que atestam serem milenares a criação de ovinos e produção de queijo nesta região. Daí este borrego ter resultado da conciliação, ao longo dos séculos, entre o interesse dos produtores de Queijo Serra da Estrela em ordenhar as ovelhas o mais cedo possível e as características fisiológicas desta raça, que permitem obter, no primeiro mês de vida do borrego, altas reposições diárias e uma boa aceitação pelos consumidores. Este borrego está por isso intimamente ligado por tradição à zona de produção do Queijo Serra da Estrela, bem como aos hábitos e à culinária da região, onde também é conhecido como “borrego de canastra”.
(…) o Queijo Serra da Estrela. A pasta é tão fina como não conhecemos outra da mesma categoria na Europa.”
António Maria de Oliveira Bello (Olleboma)
Fundador da Sociedade Portuguesa de Gastronomia, presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, epicurista por natureza, consagrou-se como um dos maiores gastrónomos portugueses. Um grande impulsionador da culinária nacional.